As desculpas do chefe do Ministério Público (I)

O procurador-geral de Justiça do Paraná, Ivonei Sfoggia, passou maus bocados esta semana a partir da revelação por este Contraponto de que vinha se mantendo inerte há vários meses em relação ao cumprimento da prerrogativa – que só cabe a ele – de notificar o governador do estado e o presidente da Assembleia Legislativa de que estavam sendo investigados pelo Ministério Público por citações de seus nomes na Operação Quadro Negro.

Tudo começou quando se soube que, ao contrário de tomar as providências que lhe cabiam, preferiu afastar das investigações o promotor Carlos Alberto Choinski, que chefiava no âmbito do Gepatria  (grupo especializado em investigar atos de improbidade administrativa) o inquérito da parte cível  da Quadro Negro (a parte criminal cabe ao Gaeco). Choinski já estava com seu trabalho praticamente concluído: propôs sete ações civis na justiça de primeira instância e já havia notificado os deputados Plauto Miró Guimarães e Valdir Rossoni.

A citação dos poderosos, a repercussão do afastamento de Choinski e a descoberta de que, aparentemente, estava sem vontade de dar continuidade até o limite às investigações parece ter irritado o procurador-geral.

Acossado por críticas dos próprios membros do Ministério Público, viu-se compelido a dirigir, na tarde desta sexta-feira (27) uma mensagem à tropa na tentativa de se justificar. Claro que não poderiam faltar críticas à imprensa, a quem acusou de fazer “tendenciosas matérias jornalísticas de conteúdo desagregador, que vão contra minha conhecida e intransigente luta pela preservação de nossas mais caras prerrogativas.”

 

 

 

 

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