Arrancar grades, eis a solução

Delegacia Almirante TamandaréA Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol) já entrou com mais de 60 ações na Justiça para obrigar o governo estadual a resolver de vez a superlotação das cadeias públicas – repletas de presos provisórios e até mesmo condenados que não são transferidos para o devido lugar, o sistema prisional.

Segundo o presidente da Adepol, delegado Ricardo Noronha, depois de frustrados todos os meios legais para que o governo cumpra as promessas de construir presídios, a “solução” que será adotada na delegacia de Almirante Tamandaré deverá se multiplicar em outros municípios.

A solução é, depois de alcançadas as decisões judiciais de esvaziamento dos xadrezes, arrancar portas e grades para que as celas não voltem a abrigar presos. Elas não oferecem as condições mínimas de segurança ou higiene, mesmo que não superlotadas, e são a principal causa das rebeliões e fugas frequentemente registradas.

Para Noronha, delegados, investigadores e escrivães foram transformados em “guardiões” de presos, enquanto o crime prospera do lado de fora. A Polícia Civil não tem como cumprir suas obrigações de investigar, deixando a segurança pública em segundo plano para cuidar de presos, lamenta Noronha.

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