Aras solicita apuração sobre invasões a hospitais e agressões a profissionais

O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou a abertura de investigação sobre a invasão a hospitais de campanha e agressões a profissionais de saúde ocorridos nas últimas semanas. Em ofícios assinados neste domingo (14), ele pediu a cada unidade do Ministério Público Federal nos Estados a instauração de procedimentos para apurar eventuais responsabilidades por invasões a hospitais destinados ao tratamento de pacientes com coronavírus.

Os ofícios foram endereçados aos procuradores-gerais de Justiça dos Estados onde, segundo divulgado pela imprensa, houve casos de invasão. Os documentos pontuam que “condutas dessa natureza colocam em risco a integridade física dos valorosos profissionais que se dedicam, de forma obstinada, a reverter uma crise sanitária sem precedentes na história do país”.

Ainda conforme os ofícios, os episódios de invasão narrados pela imprensa são graves e podem ensejar, em tese, a responsabilidade criminal dos autores. Por isso, Augusto Aras solicita que o respectivo procurador-geral de Justiça distribua o documento como notícia-crime, de acordo com as regras da unidade, para que o promotor natural adote as medidas que compreender necessárias.

Os primeiros ofícios têm como destinatários os chefes dos MPs nos estados de São Paulo e Distrito Federal, Mario Luiz Sarrubbo e Fabiana Costa, respectivamente. No caso de São Paulo, a invasão relatada teria ocorrido no Hospital de Campanha do Anhembi, em 4 de junho. Já no Distrito Federal, a ocorrência foi em 9 de junho, no Hospital Regional de Ceilândia. Outros estados deverão ser notificados em seguida.

O documento, a ser oficializado na segunda-feira (15), será protocolado depois de o presidente Jair Bolsonaro ter solicitado que apoiadores “arranjassem uma maneira de entrar” em hospitais públicos e filmassem leitos de UTI para comprovar se as estruturas estão realmente ocupadas..

O pedido foi feito a apoiadores durante a transmissão de live semanal, pelo Facebook, na última quinta-feira (11). A atitude do presidente provocou reação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que pediu publicamente a interferência do Ministério Público. (Metrópoles).

 

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