Na sabatina que ocorre nesta quarta-feira (25), a partir das 10 horas, no Senado Federal , o sub-procurador escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar a Procuradoria-Geral da República, Augusto Aras, deve defender o que tem chamado de “institucionalização da Lava Jato” no Ministério Público Federal. A ideia de Aras é integrar a força-tarefa ao MPF, defendendo a operação como política de Estado.
Esse é um discurso que o subprocurador-geral da República já tem utilizado em conversas individuais com os 74 senadores que visitou nos últimos dias. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), portanto, Aras deve repetir que a Lava Jato não é a única operação em andamento no MPF e que, assim como as outras, ela tem de ser incorporada e prestar contas à Procuradoria.
Aras indicou também que poderá criticar os métodos usados pela força-tarefa de Curitiba. Ele tem dito que as conversas entre procuradores da Lava Jato obtidos pelo site The Intercept Brasil mostram que houve excessos em determinados momentos.
Também na sabatina, a oposição deverá questioná-lo sobre a questão ideológica, para que Aras explique quais são as suas concordâncias e discordâncias em relação às bandeiras de Bolsonaro. Aras não disputou o cargo. Pela primeira vez em 16 anos um presidente da República não considerou a lista tríplice, formada a partir de uma eleição interna no Ministério Público Federal, e indicou para o comando da instituição uma pessoa que não teve o voto dos colegas.