As ações da Sanepar começaram o dia nesta quarta-feira (22) sendo negociadas a R$ 13,68 e terminaram cotadas em R$ 13,05 – uma perda de 48 centavos por ação, equivalente a -3,55%. A oscilação negativa acompanhou o mesmo ritmo da sessão do Tribunal de Contas.
A desvalorização foi muito superior ao índice negativo da Bovespa, que fechou o dia em -0,13%.
Enquanto os conselheiros do TCE discutiam minúcias jurídicas sobre a legalidade do aumento de 12,13% das tarifas de água e esgoto, o comportamento da bolsa estava relativamente equilibrado. Houve até momentos de recuperação, por volta das 15h30, quando a decisão do TCE parecia se encaminhar para a aceitação do índice maior solicitado pela Sanepar.
No término da sessão, no entanto, o TCE adotou um reajuste em faixa intermediária, de 8,37%. Neste momento, as cotações despencaram para o nível mínimo na Bovespa.
O mercado ficará atento ao comportamento dos papeis no pregão de quinta-feira (23).
Então tá, chegamos ao ponto em que ações de uma empresa de água e esgoto, cujo “negócio” é monopolista por natureza, que deveria ser de utilidade pública por utilizar um bem publico e gratuito como a água, variam como se fossem ações de fábricas de eletrodomésticos, automóveis, plásticos, papel, e etc. O tal “mercado” perdeu o juízo faz tempo. Isso ainda vai dar em merda. Merda essa, aliás, que a Sanepar não tratará adequadamente, posto que visa apenas dar lucro aos seus acionistas.