Alep instala frente de promoção municipalista

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) instalou oficialmente nesta terça-feira (24) a Frente Parlamentar de Promoção Municipalista, das Associações de Municípios e Consórcios Municipais. Composto por 27 deputadas e deputados, o colegiado será coordenado pelo deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) e, em princípio, terá validade até o final da atual legislatura, em 2027. A iniciativa tem o apoio da Associação dos Municípios do Paraná (AMP).

“Com esta bandeira fincada, estamos preenchendo uma lacuna com a criação desta Frente Parlamentar. É uma nova ferramenta de trabalho do legislativo estadual, que tem no seu conjunto um perfil municipalista muito forte”, ressaltou Romanelli. “Sabemos do desafio que é administrar uma cidade e vamos trabalhar a defesa dos municípios no âmbito estadual e federal”, acrescentou o deputado.

Segundo ele, um dos principais problemas atualmente é a queda de receitas municipais, mas lembrou que há uma distorção histórica na repartição dos recursos públicos. “O Brasil, desde o império, tem uma distorção grave, que é concentrar os recursos na capital federal”, afirmou. “Sempre ouvimos aquele discurso mais Brasil e menos Brasília. Mas o discurso está muito distante da prática. Quem da atribuição também tem que dar os recursos”.

Insustentável

O presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Paulo Roberto Ziulkoski, fez questão de prestigiar a instalação da frente parlamentar municipalista. Ele observou uma série de problemas que afetam a gestão das cidades, principalmente em relação aos recursos que ficam concentrados na União e também salientou a importância da defesa dos municípios em relação à reforma tributária, para que não haja perda de arrecadação.

Segundo Ziulkoski, a atual crise na transferência de recursos pode ser resolvida, mas a questão municipal exige um debate profundo. “A situação está ficando insustentável. A crise nos municípios não é só por causa da queda da arrecadação. O problema é estrutural e é gravíssimo”, disse ele, elencando situações nas áreas de saúde e educação que foram transferidas aos municípios, e também a pressão do aumento do custeio da estrutura e da folha salarial por decisões adotadas no Congresso Nacional ou no Poder Judiciário. (Foto: Valdir Amaral/Alep).

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