Ah! estes comissionados!

Durante a campanha eleitoral, o então candidato Rafael Greca prometeu que reduziria em 40% o número de funcionários comissionados. Seria uma forma de economizar e, ao mesmo tempo, prestigiar o quadro de funcionários concursados. Como são 606 os cargos em comissão disponíveis, o limite de Greca seria fazer no máximo 365 nomeações. Mas já fez 501, uma redução de apenas 21%, segundo revela o secretário municipal de Governo, Luiz Fernando Jamur. Segundo ele, está tudo normal: “São cargos de confiança que a gestão precisa usar para implementar suas políticas de governo, que em última análise foram aprovadas pela população nas eleições”. Isto é, a prefeitura não fez mais nomeações do que o povo acreditou.

Num release da prefeitura, o secretário afirma que “o importante é ocupar os cargos com pessoas competentes e capazes de aplicar o plano de governo, de forma a contribuir com a efetividade da administração”. E mais: “São cargos de confiança, devidamente atrelados às funções da máquina pública”, diz ele.

Que o digam, por exemplo, os comissionados que tinham sido nomeados por indicação de vereadores amigos. Os vereadores que, na hora H votaram contra o pacotaço de maldades, mês passado, no plenário improvisado da Ópera de Arame, viram seus protegidos rapidamente exonerados pelo prefeito. Eles não eram “competentes e capazes” e não contribuíam com a “efetividade da administração”?

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