O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) enviou comunicado urgente para todos os associados para que se mantenham alertas para a possibilidade de rebeliões em presídios do estado. Atos de violência podem ocorrer como represália à Operação Imperium, deflagrada na manhã desta quarta-feira (13) para transferir líderes de facções criminosas presos em São Paulo para penitenciárias de segurança máxima em outros estados.
Um dos transferidos é Marco Camacho, o Marcola, líder do PCC, que comanda milhares de integrantes da quadrilha dentro e fora das cadeias. Além de Marcola, outros 21 membros da facção, grande parte também integrante da cúpula, foram levados para presídios de Mossoró (RN) e Porto Velho (RO). O irmão de Marcola também está entre os transferidos.
Em comunicado urgente, o Sindarpen diz:
Prezados, bom dia! Está em andamento a Operacão Imperium, deflagrada com parceria entre todas as instituições de segurança pública federais e de vários estados. Os 22 presos de uma facção criminosa estão sendo transferidos e considerando sua periculosidade e a possibilidade de ações em retaliação, solicito aos senhores que repassem às suas unidades operacionais e de inteligência que nos passem de imediato qualquer informação relevante que possa surgir a respeito de movimentação em presídios, ações criminosas coordenadas ou qualquer tipo de ação de retaliação.
Os presídios federais de Mossoró e Porto Velho terão segurança das Forças Armadas durante os próximos 12 dias. A decisão consta de decreto publicado pelo governo federal nesta quarta-feira (13).
Assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), o decreto autoriza o emprego dos militares para a proteção do perímetro de segurança das unidades prisionais em um raio de dez quilômetros a partir do muro externo.