A representação contra o senador Aécio Neves no Conselho de Ética do Senado foi definitivamente arquivada nesta sexta-feira (27). O PT, que apresentou a ação, não conseguiu reunir as assinaturas necessárias para recorrer da decisão do presidente do colegiado, senador João Alberto Souza.
O recurso, que chegou a ser elaborado, tinha de ser apresentado em até dois dias úteis com pelo menos cinco assinaturas dos 27 membros que atualmente compõem o conselho. Na terça-feira (24), João Alberto determinou arquivamento do pedido que poderia levar à cassação do tucano, que teve seu mandato salvo pelos colegas há pouco mais de 10 dias, em 17 de outubro.
João Alberto baseou o arquivamento no parecer produzido pela Advocacia-Geral do Senado, que entendeu que não havia fatos novos contra Aécio em relação ao primeiro pedido apresentado contra o mineiro ainda no primeiro semestre deste ano, após a divulgação das conversas entre ele e delatores da JBS.
Após ser afastado do Senado por decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em 26 de setembro, o PT levou ao Conselho de Ética da Casa, no dia 28 de setembro, uma representação para abrir um processo disciplinar por quebra de decoro parlamentar contra o tucano. A representação foi protocolada pelo partido após os petistas se juntarem ao coro dos demais senadores de que coubesse ao Senado a chancela ou não para aplicação de medidas contra parlamentares.