Advogado lança livro sobre o caso da médica Virgínia

O advogado criminalista Elias Mattar Assad está lançando o seu novo livro, “A Medicina no Banco dos Réus – O Resgate da Verdade” (Editora DC), no qual retrata os bastidores do polêmico caso da médica intensivista Virginia Helena Soares de Souza, do Hospital Evangélico de Curitiba. A sessão de autógrafos acontece na próxima quinta-feira (26), Seccional Paraná (OAB/PR), no Centro de Curitiba, a partir das 19h30, no auditório da sede central da Ordem dos Advogados do Brasil (rua Cândido Lopes, 146).

O livro, escrito em parceria com a filha e também advogada criminalista Louise Mattar Assad, resgata o caso que se tornou um dos episódios de maior repercussão na imprensa brasileira e mundial. Sob a ótica de quem acompanhou o dia-a-dia de uma profissional sendo acusada de matar pacientes e que a viu trocar as dependências da UTI do Hospital Evangélico pela carceragem feminina, Mattar Assad narra todo o processo de acusação pública que a médica viveu antes mesmo de apresentar sua defesa.

Além do contexto histórico, a obra também apresenta documentos médicos e jurídicos que serviram de base para a sustentação da defesa ao longo do processo. “Este é o caso criminal contemporâneo mais emblemático e desafiador de que se tem notícias. Fiz questão de produzir este material para servir de documento e evitar que erros como esse se repitam”, destaca Elias Mattar Assad.

2 COMENTÁRIOS

  1. A publicação desse livro é uma verdadeira ofensa a dor dos familiares dos pacientes que morreram sob os cuidados da principal acusada. Os autores estão se aproveitando do fato de que muitos veículos de comunicação preferiram “abafar” o caso e negar espaço para os familiares dos pacientes impedindo-os de falarem. O que mais revolta é que ninguém se preocupou em verificar a veracidade das alegações feitas pelos “autores”, os quais, propositalmente, omitem que o processo criminal, no qual é apurada a responsabilidade da acusada, continua em trâmite e que, atualmente, se encontra em fase recursal perante uma das Câmaras Criminais do TJ-PR. E, mesmo que seja mantida a sentença emitida, em abril de 2017, pelo Juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, ainda há a possibilidade de recorrer as esferas superiores (STJ e STF). Portanto, inexiste uma sentença definitiva transitada em julgado confirmando a suposta “inocência”.

  2. O título correto deveria ser:

    “Advogado aproveita do desinteresse da população curitibana para lançar livro contando sua versão dos fatos, ignorando que o processo criminal continua ativo e que se encontra em sede recursal perante uma das Câmaras Criminais que integram o TJ-PR”. Para os leigos, esclareço que para ser declarada a “inocência” de uma pessoa torna-se necessária uma sentença judicial definitiva transitada em julgado. No caso concreto, tal sentença inexiste. O que revolta ainda mais nesta história é o fato de existir uma platéia de anencéfalos que sequer tiveram interesse em estudar o caso, conversar com os familiares dos pacientes, os quais, em verdade, são as únicas vítimas. Lembrando que, além dos 7 pacientes, foi notificado, durante as investigações, foi identificado 300 mortes semelhantes. E, para a população que aceita engolir uma história sem se informar, perfaz-se necessário citar que a acusada Virgínia sequer possuía especialização na área de Medicina Intensiva. Ou seja, ela exercia o cargo de chefia de forma irregular com a conveniência de pessoas vinculadas ao Corpo Diretor do Hospital Evangélico. Ou já esqueceram que um dos Diretores foi pego orientando a acusada a não alterar os parâmetros respiratórios de um paciente porque os familiares estariam anotando os números? Me surpreende que ninguém tenha se preocupado em verificar a veracidade dos fatos alegados pelo “autor”.

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