O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, disse nesta segunda-feira (25) que as lideranças políticas do estado devem estar atentas para que o estado não seja prejudicado na distribuição das vacinas contra a covid-19. O dirigente fez este comentário a propósito da informação de que o Paraná recebeu menos doses do que esperava, conforme o secretário estadual de saúde Beto Preto. “Temos esperança de que isto seja corrigido nos próximos dias, mas é preciso que fiquem claros os critérios de distribuição, pois a vacina não deve ser motivo de conflitos”, observou Turmina.
Segundo o que a imprensa publica neste início de semana, o Paraná recebeu 48 mil doses a menos do que o previsto e o governo estadual irá enviar nota técnica ao governo federal pedindo mais doses com base na distribuição proporcional à população do estado. Chamou também a atenção da ACP a notícia de que o Paraná recebeu menos doses do lote AstraZeneca (86,5 mil) do que o Rio Grande do Sul (116 mil), embora tenha população maior
“É óbvio que não se trata de disputa política em uma questão tão séria de saúde pública, mas nossa preocupação é que o estado seja tratado de forma justa e equitativa. Daí que chamamos a atenção de nossa representação em Brasília para que o Paraná seja respeitado”, comentou Turmina, lembrando que historicamente o estado não recebe o devido retorno do governo federal proporcionalmente ao que arrecada em impostos federais.
“Veja o exemplo da educação: pagamos altos custos com educação superior e temos menos universidades federais em relação a outros estados, com sete universidades estaduais e apenas três federais. Temos os pedágios mais caros do Brasil. Fazemos estas observações só a título de alerta para que nossa representação em Brasília esteja atenta aos interesses de todos os paranaenses, independente de cores partidárias ou ideologia”, finalizou.