(por Ruth Bolognese) – Em termos de acampamentos de sem-terras, professores e petistas, ou tudo isso junto, em Curitiba e no Paraná, nenhum governante pode reclamar. Nos últimos 30 anos, cada um teve o seu. Já foram rotina e vão se tornando tradição.
E todos os governantes paranaenses, de José Richa no começo da década de 80, ainda no pré sem- terras, até hoje, cada um com sua cruz, descobriram que o problema dos acampamentos não é a montagem. É a desmontagem. Imagens de acampados feridos divulgadas mundo afora marcaram a biografia de governadores para sempre.
Na sua primeira semana de governo, a governadora Cida Borghetti já viu o acampamento do PT se formar nas imediações da Polícia Federal em solidariedade a Lula. Até agora, apesar das pressões de todos os lados para a retirada, nada foi tentado. Já se cogitou até transferir o preso mais ilustre e famoso do país e matar a míngua o acampamento petista. As barracas continuam lá.
O primeiro grande confronto entre PMs e professores acampados, todo mundo lembra, aconteceu no espaço que vai da frente do Palácio Iguaçu e a Assembleia, no coração de Centro Cívico. Quem gostaria de esquecer é o ex-governador Alvaro Dias, que teve toda a sua carreira marcada pelas imagens da cavalaria cercando professoras que protestavam contra os baixos salários.
O mais longo acampamento no Centro Cívico foi no governo Jaime Lerner, no final da década de 90, quando os sem-terras se abancaram por quase 6 meses, nas barbas do arquiteto. Uma mega operação da Polícia Militar, com 750 homens, chegou silenciosa, de madrugada, prendeu os líderes principais e acomodou 800 pessoas, entre crianças, homens e mulheres em ônibus e os distribuiu para 13 regiões do Estado.
Ato contínuo, num raro desprezo pela estética na paisagem, Jaime Lerner mandou gradear a praça Nossa Senhora de Salette e terminou o governo sossegado.
Na era Requião, que derrubou as grades logo nos primeiros dias do segundo governo e liberou geral, professores e sem-terras acamparam juntos no Centro Cívico e o próprio governador, na conhecida preferência pelas piadas de gosto duvidoso, dizia que muitos filhos haviam nascido da união dos dois grupos mais politizados do Paraná.
O segundo governo Beto Richa já começou com acampamento montado e pronto pra luta. Sob as ordens do delegado Francischini, o mundo veio abaixo no dia 29 de abril de 2015 e a praça de guerra superou, na lembrança dos paranaenses com mais 50 anos, o que a APP-Sindicato chamava de “Massacre dos Professores do governo Alvaro”. Só o nome do governador mudou.
E agora, depois de tudo, eis um novo acampamento atormentando o governo do Paraná.
Como é difícil ler certas notícias de pessoas mal informadas e que contam a história da forma mais conveniente, e parcialmente sem saber todos os dados daquele operação que foi a retirada dos sem terraa.
Governador Jaime Lerner, prefeito Cassio Taniguchi.
A colunista deveria procurar as informações corretas e se inteirar do que , como, por que foi feita a retirada, o que havua lpa dentro, quais os riscos à saúde das pessoas que lá estavam e daqueles que compravam produtos produz, e quem solicitou em primeiro lugar o fechamento da área , onde até hoje existe uma parte fechada.
Quem sabe a colunista era uma das pessoas que compravam o pão produzido por lá sem saber como era feito, fato este que muitos não sabiam nem tiveram o conhecimento das condições de higiêne .