Aberta ‘apuração preliminar’ sobre mensagens dos procuradores da Lava Jato

O corregedor-nacional do Ministério Público, Orlando Rochadel Moreira, decidiu nesta segunda-feira (10)  abrir uma apuração preliminar para averiguar a conduta de membros do Ministério Público Federal,  entre eles o coordenador da força-tarefa da Lava Jato  em Curitiba, Deltan Dallagnol. O caso diz respeito às informações do site The Intercept Brasil envolvendo suposto conteúdo de mensagens trocadas pelo ex-juiz federal Sérgio Moro e procuradores. Para o corregedor, o episódio indica ‘eventual desvio na conduta’ de membros do MPF.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, esta é a segunda medida tomada pelo corregedor nesta segunda-feira envolvendo a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. Mais cedo, Rochadeç <preora abriu um procedimento disciplinar, desta vez pelo fato de Deltan ter feito, no início deste ano, ‘campanha política’ pelo voto aberto na disputa pela Presidência do Senado Federal e tentado ‘descredenciar’ perante a opinião pública a então candidatura do senador Renan Calheiros (MDB-AL) ao comando da Casa.

A nova decisão do corregedor, envolvendo a troca de mensagens por procuradores no aplicativo Telegram, atende a pedido dos conselheiros Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, Gustavo do Vale Rocha, Erick Venâncio Lima do Nascimento e Leonardo Accioly da Silva. De acordo com o corregedor, é necessária ‘análise preliminar’ do conteúdo veiculado pela imprensa. As conversas supostamente mostrariam que Moro teria orientado investigações da Lava Jato por meio de mensagens trocadas no aplicativo Telegram. O site afirmou que recebeu de fonte anônima o material.

“A ampla repercussão nacional demanda atuação da Corregedoria Nacional. A imagem social do Ministério Público deve ser resguardada e a sociedade deve ter a plena convicção de que os Membros do Ministério Público se pautam pela plena legalidade, mantendo a imparcialidade e relações impessoais com os demais Poderes constituídos”, escreveu o corregedor, que deu um prazo de 10 dias para os membros do MPF e  Dallagnol se manifestarem sobre o caso.Procurada, a assessoria de Deltan não se manifestou.

 

 

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