As centenas de páginas que formam a denúncia do ex-governador Beto Richa e mais 32 pessoas no esquema de corrupção envolvendo as concessionárias de pedágio trazem situações, digamos, inusitadas.
Segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF), a ABCR se viu “obrigada” a mudar a sua sede no segundo semestre de 2014. O motivo teria sido a instalação da força tarefa da Laja Jato no mesmo prédio onde funcionava a associação.
A coincidência fez com que a ABCR buscasse outros locais para realizar as reuniões rotineiras que definiam a repartição da propina e os aditivos com a retirada de obras. Desde então, a entidade passou a ocupar um conjunto no edifício “Neo Business”, no Centro Cívico – por coincidência, o mesmo em que a família Richa adquiriu meio andar pagando ao vendedor R$ 1,4 milhões em dinheiro vivo.
Desde setembro passado a diretoria regional da ABCR está desativada.