(por Ruth Bolognese) – Quando o irmão mais velho, Fernando, lutava para sobreviver, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, há quase 8 anos, o jovem Bernardo acompanhava os pais, Fernando e Ana Rita, com discrição e em silêncio. Cuidava da alimentação de ambos, chamava para um café, mas não falava nada sobre a tragédia, na qual outros dois jovens morreram e que marcou a história da família.
Anos depois surgiu como candidato a deputado, substituindo o irmão que havia sido preparado para seguir os passos políticos do então prefeito de Guarapuava, Fernando Ribas Carli. A Bernardo havia sido reservado o papel de administrador do clã.
No domingo em que passei no Hospital, acompanhando a família por circunstância profissional, Ana Rita tinha olhos e coração voltados para o filho mais velho. Rezava num rosário Aves Marias intermináveis, pedindo pela vida dele. Reconhecia o erro da velocidade e da bebida que fizeram Fernando Carli provocar o acidente, mas no papel de mãe, queria antes de tudo tê-lo de volta com vida.
Naquela tarde percebi que o acidente era uma tragédia de duas mães, Ana Rita e Christiane Yared.
Hoje, ao saber da morte do deputado Bernardo, me lembrei de Ana Rita naquele hospital de São Paulo, olhando o filho mais velho, com a cabeça enfaixada, pelo vidro da UTI, respirando por aparelhos.
A vida, as vezes, não tem dimensão para a dor.
O google me trouxe aqui quando busquei uma nota de “lamento” de Cristiane Yared a respeito da morte de Bernardo.
Será que veremos alguma nota desta nobre deputada ou nestas horas o silêncio é a melhor manifestação?
Quanto aos comentários acima, não vi nada de extraordinário para o “Rock” ficar tão indignado, deve ser amigo ou parente da vítima, pois vejo uma manifestação cheia de sentimentos.
Infelizmente a morte é tratada de ângulos diferentes em função da relação que cada um tinha com o falecido.
P.S.: Bernardo ia “celebrar” o Padroeiro dos motoristas, São Cristóvão, quando faleceu.
Geniton e Aviador Guarapuavano vocês estão podres deviam já estar enterrados, fazerem esse tipo de comentário desses nessas horas, pelo amor Deus vcs. são podres mesmo. Respeitem a dor da família crápulas.
De quem é o avião?
Wilson Quinteiro tá que tá