A novilíngua de Cida Borghetti

(por Ruth Bolognese) – Como bem diria o juiz Sérgio Moro, sempre “houveram” muitos motivos para que os prefeitos, governadores e presidentes nos enrolem com termos fakes. A técnica é dominada até pelo presidente da Assembleia, o viúvo Ademar Traiano, e é tão simples como comprar um partido político.

O governo da Família Barros, que tem na figura da governadora Cida Borghetti a “public relations” mais evidente, já coleciona uma lista de palavras e termos da boca pra fora. O sentido amplo, geral e irrestrito é bem outro.

Chega a lembrar um pouco a “novilíngua”, um idioma fictício criado pelo governo na obra literária 1984, de George Orwell. A novilíngua era desenvolvida não pela criação de novas palavras, mas pela “condensação” e “remoção” delas ou de alguns de seus sentidos, com o objetivo de restringir o pensamento. Uma vez que as pessoas não pudessem se referir a algo, isso passa a não existir. Assim, por meio do controle sobre a linguagem, o governo seria capaz de controlar o pensamento das pessoas, impedindo que ideias indesejáveis viessem a surgir, segundo explica a Wikipedia.

É só ouvir com atenção o que e como Cida fala para emprestar significados diferentes:

1) Abrir o diálogo : “meu antecessor era um bruto. Eu enrolo”
2) Governo municipalista : “os prefeitos é que definem a eleição e eu preciso deles”
3) Gestão eficiente: “não quer dizer nada”
4) Frente ampla de partidos: “como o Ricardo opera bem!”
5) Avanço feminino na política: “frase obrigatória nos discursos. Só isso”
6) Valorização do interior: “o Paraná inteiro precisa me conhecer”
7) Projeto Pé Vermelho: “quem lembrou isso meu Deus do Céu?”
8) Gabinete de porta aberta: “conversa de verdade só lá em casa”
9) Governador Beto Richa: “lembrar pra quê? Pra que lembrar?”
10) Vamos analisar isso com atenção : “preciso consultar o Ricardo”

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