O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB, bispo da Igreja Universal), esteve ameaçado de impeachment semana passada depois de se reunir secretamente em prédio público com pastores e líderes evangélicos prometendo-lhes favores especiais e soluções ligeiras para problemas que afetassem suas igrejas. Os vereadores não conseguiram maioria para aprovar o afastamento do prefeito, mas nesta segunda-feira (16) a Justiça proibiu o prefeito de usar a máquina pública para fazer política com grupos religiosos.
Estas notícias foram encaradas como um sinal de alerta para o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, que, embora católico confesso, praticante e entusiasta, mantém em seu gabinete um “assessor para assuntos evangélicos” – o comissionado Fernando Klinger, da Primeira Igreja Quadrangular de Curitiba. O próprio se apresentava com este título, embora não haja tal nomenclatura na lista de cargos de confiança da prefeitura.
O prefeito também chegou a designá-lo como “assessor para assuntos do segmento evangélico” em reuniões com o “segmento evangélico”. Questionado, desistiu de identificá-lo dessa forma, e Klinger também passou a evitar apresentar-se deste modo – mas não necessariamente de agir para atender as causas do “segmento evangélico”. Do “segmento católico” o prefeito se encarrega pessoalmente, não precisa de assessores.
Se um dia a camara de vereadores de Curitiba conseguir assinaturas para abertura de um processo de impeachment, no dia seguinte acontece oq aconteceu no Rio, é enterrado por ampla maioria, a grande maioria só está lá para votar projeto do executivo.