A história do voto de Fachin, do começo ao fim

O Brasil vivia aquele outubro de 2010 entre duas opções eleitorais: ou elegeria Dilma Roussef ou José Serra no segundo turno que ambos disputavam. Multiplicavam-se atos pelo país todo de apoio a um e outro – mas houve um desses atos públicos em que o então advogado e professor da PUC Luiz Edson Fachin fez candente discurso em defesa da continuidade, com Dilma, do legado deixado pelos dois governos Lula. Falava em nome de entidades de juristas.

Eleita presidente, Dilma fez duas tentativas frustradas de nomear Fachin para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Na primeira, quando da aposentadoria do ministro Eros Grau, o nomeado acabou sendo Luiz Fux. Seu nome outra vez foi cogitado em 2013 quando da aposentadoria de Ayres Brito – mas a preferência recaiu sobre Luiz Roberto Barroso. Por fim, em 2014, após nove meses em que a bancada do STF ficou com 10 ministros desde a aposentadoria de Joaquim Barbosa, Dilma venceu resistências políticas e apresentou o nome de Fachin.

O PMDB era contra, mas a articulação de figuras à época importantes do PT, como Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, além do senador (então no PSDB) Alvaro Dias, acabou prevalecendo. Depois de severa sabatina no Senado, Fachin acabou aprovado e, em seguida, nomeado por Dilma Roussef em maio de 2015.

Em 31 de agosto de 2018, o ministro Luiz Edson Fachin foi o único dos sete membros do colegiado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a votar a favor da manutenção da candidatura de Lula a presidente da República.

8 COMENTÁRIOS

  1. Até os petistas mais enrustidos têm os seus momentos de “redenção” e procuram corrigir suas ingratidões… Chama atenção como gente esclarecida defende ladrões, corruptos. O PT é um partido que, inicialmente, antes de chegar ao poder, tinha ideais e não fazia parte do lamaçal da política brasileira. Mas bastou chegar ao poder e, pior que isso, definir a perpetuidade como objetivo maior, para então lançar mão das mais deploráveis estratégias para conquistar votos (popular e no parlamento)… estão aí o petrolão, mensalão, tentativas de aparelhamento do Judiciário…

  2. Quando o Fachin se junta à turma dos que ferram o PT, é herói, isento e etc. Mas basta dar um voto discordante que se torna alvo da histeria cega. A que ponto chegou a infantilização de uma parte da sociedade.

  3. Então ContraPonto, o que o fachin votou foi pela “fidelidade partidária”. Belo raciocinio.

    A questão da ONU que o ContraPonto teima em esconder dos seus “leitores” não serviu de nada no voto dele né. Toda a questão de que o Lula foi encarcerado por perseguição e que deveria ter seus direitos politicos respeitados não vem em conta . né.

    Outubro ta chegando galera. E na urna vaio aparecer alguem do PT e de novo vai ganhar.

    Pode chorar e babar.E manipular as informações pois nisso o ContraPonto esta mandando sempre muito bem.

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