(por Ruth Bolognese) – Compor a chapa da governadora-candidata, Cida Borghetti, como candidato ao Senado, é a salvação da lavoura para o ex-governador Beto Richa, PSDB.
Sozinho, ou avulso, ele ficaria mais desamparado do que bezerro desmamado. Agora, mesmo com o clima mais pra lá do que pra cá com a família, o ex-governador sempre pode contar com o aparato da máquina pública e até mesmo fingir que assina, ao lado da governadora, a concessão de um ou outro recurso que a lei eleitoral ainda permite.
E se aparecerem novas denúncias do passado recente, caso das doações da Odebrecht, por exemplo, Beto Richa sempre poderá dizer que Cida Borghetti sempre esteve ao seu lado nos últimos 4 anos, atuando no governo.
A família Barros, afinal, compensa Beto Richa pela renúncia ao cargo máximo do estado e a chance de governar o Paraná por 9 meses. Era o combinado quando a aliança PP/PSDB foi selada com Cida Borghetti como candidata a vice, há quase 4 anos.
Mesmo com uma rejeição alta, o ex-governador mantém na chapa governista um bom balaio de votos, em torno de 20% das intenções de voto para o Senado. Dá pro gasto.