O vereador Goura se elegeu deputado estadual em 2018 e abriu uma vaga de suplente na bancada do PDT na Câmara Municipal de Curitiba. Foi convocado, então, para assumir o lugar o primeiro suplente Joni Stica. Ele tomou posse e ocupou a cadeira por poucos dias, pois logo depois foi nomeado para uma diretoria da Fomento Paraná.
O jeito foi convocar o segundo suplente, que o PDT diz ser Dalton Borba. Acontece que, na eleição de 2016, ele apareceu como terceiro suplente, atrás de Rubens Matsuda, que reclama o direito de assumir a vaga. O PDT municipal contesta: entre a eleição de 2016 e 2018, Matsuda mudou de partido e até foi candidato (derrotado) a deputado estadual pelo PPL (Partido Pátria Livre).
Por ter deixado de ser pedetista, Matsuda perdeu a suplência, argumenta o diretório municipal do PDT, que apontou a legitimidade de Dalton Borba para assumir o posto. A palavra final ainda cabe à Justiça Eleitoral.
Essa é uma excrescência que precisa ser eliminada: o candidato ser eleito (ou nem tanto, ficar como suplente) e nem bem assumir pular a cerca para ocupar cargo no executivo; tudo fruto de conchavos e conveniências personalíssimas, nenhum interesse público rola nesses casos; vilipendio da vontade e do voto popular e da separação dos poderes; violação do princípio republicano. Até quando o eleitor vai tolerar essa ignomínia?