Governo reage a críticas contra extinção do Iapar

O secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, e o presidente interino do Iapar, Natalino Souza, decidiram enfrentar os críticos que combatem o projeto do governo de fundir numa só instituição as quatro principais entidades executoras das políticas de desenvolvimento da agropecuária do Paraná – a Emater, a Codepar, a desconhecida CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia) e o próprio Iapar.

O principal efeito desta proposta – que será ainda votada pela Assembleia – é a perda de autonomia do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), instituição de pesquisa criada há 40 anos e que foi uma das responsáveis pela revolução tecnológica que, após a grande geada de 1975, levou o Paraná a modernizar sua agropecuária e a consolidar a posição de maior produtor de alimentos do país, introduzindo inovações que multiplicaram a produtividade do campo.

Em comentários postados sob o artigo “Parem de brincar com Iapar”, de autoria de Tadeu Felismino, reproduzido por este Contraponto, Ortigara e Natalino defendem a crença de que a desmobilização do Iapar e sua fusão com as outras três instituições vai melhorar a pesquisa agronômica do Paraná, com a vantagem complementar de propiciar economia de verbas públicas. O pensamento vai na contramão dos que acreditam que o Iapar, se recuperado das duas décadas de abandono a que foi relegado, seria poderoso instrumento para cumprir a promessa do governador Ratinho Jr. de fazer do Paraná “um estado inovador”.

O secretário Norberto Ortigara, ao seu estilo, prefere “chutar a canela” dos críticos, diz estar aberto a opiniões contrárias, que ouve muita gente, mas que até agora não submeteu a ideia à Faep, principal entidade de representação dos produtores rurais do estado – isto é, representante do público-alvo da política agrícola do governo.

Já o presidente interino do Iapar (cumulativamente com a Emater), Natalino Souza, tece argumentos mais técnicos, pouco convincentes e muito carentes de melhor fundamentação.

9 COMENTÁRIOS

  1. O IAPAR que há mais de 40 anos é referência na Agricultura de ponta, corre o risco de desaparecer, sim desaparecer, porque ao se fundirem órgãos ligados a áreas outras que não a pesquisa, o Instituto aos poucos seria igualado a outras áreas comuns que não a pesquisa, e com isso o Agronegócio do Paraná perderia em muito, pois ficaria acéfalo de pesquisas e desenvolvimentos de novos cultivares, essa não é uma ação de um Governo sério que quer o bom desenvolvimento do Estado, esse desmonte não agrega em nada, muito pelo contrário traz a desconfiança de uma administração incompetente.

  2. Caro Fabrício, vejo quanto mau informado você está, ou talvez influenciado, o Purunã segue uma tendência mundial de produção de carne, eficiência e qualidade. Pois saiba a que a procura pela raça, hoje já ultrapassa as fronteiras do Brasil, onde vários países como EUA, Canadá e Nova Zelândia, já demonstraram interesse. Turquia, África do Sul e Paraguai está concluindo a documentação para exportação. Mas vamos olhar para o Brasil, onde estamos, as vendas atingem índices impressionantes, ou seja, falta produto no mercado, ainda este mês estou enviando reprodutores para Ms, Ba, PI e Me, sem falar no mercado paranaense. Seguimos sim olhando para frente, não somos marionetes que seguem moda, como você deveria saber, que moda passa, como tantas que já passaram, mas trabalho sério fica. Tenha mais respeito.

  3. Segundo o Secretário Norberto Ortigara, em matéria veiculada na Folha de Londrina, a proposta de reestruturação (junção das quatro instituições) apresentada à Sociedade Rural do Paraná durante a Expolondrina era um “esboço “. Tenho a convicção de que acabar com o IAPAR com base em um esboço será uma ação inconsequente e de extrema irresponsabilidade.

  4. Toda midia e organizações deviam fazer uma visita e conhecer a atual realidade do IAPAR brincaram durante anos com uma instituição de renome internacional agora que ha necessidade de mudanças choram o leite derramado…

  5. Parabéns meu grande amigo e presidente Natalino Avance de Souza, como presidente do sindaruc sindicato dos permissionários em centrais de abastecimento do Paraná, não haveria melhor profissional para defender e presidir essa grande instituição que está prestes a se formar em nosso estado, a população do nosso estado anseia por melhor produtividade e qualidade nós serviços prestados pelos órgãos públicos. E o senhor como já fez nas nossas Ceasas, tenho certeza absoluta que fará a frente dessa nova instituição, com a ajuda dessa fantástica equipe que o secretário Ortigara com muita sabedoria formou, vai cuidar e administrar a agricultura desse estado tão pungante quanto o nosso. Um grande e fraterno abraço meu amigo. Que Deus lhe proteja e lhe proporcione muito sucesso na sua nova empreitada.

  6. Me perdoem os editores desse Blog, mais nem publicar a Resposta do Presidente Interino do IAPAR não publicou.
    O autor do Texto, Tadeu, passou pelo Instituto e pouco ou nada fez, até porque sua formação de Jornalista não condiz com a atuação do IAPAR. Ele é da turma das campanhas do Beto e da Cida, de Londrina, e todos sabem como eram as campanhas em Londrina.
    Ele e o Ex-Presidente Viajando Florindo, estão mais em função do bairrismo de Londrina, em manter uma estrutura gorda na cidade, com muitos cargos, mais de 100, e não como os 6 que o mau intencionado Tadeu escreveu. O Estado precisa ser menor, mais eficiente, com foco nos objetivos. Não adiante pesquisar coisas que grandes multinacionais pesquisam, pois o orçamento do Estado todo é menor que das grandes do setor. Quem tem que dizer o que pesquisa são os pequenos agricultores, com pesquisa voltada a melhoria de suas atividades. Me apontem uma pesquisa em alface, repolho, flores, galinha caipira, que o IAPAR desenvolveu. O Purunã gado desenvolvido pelo IAPAR, mostra o fiasco dos resultados. O mundo caminha para um lado, o Purunã para outro.
    O Bairrismo, saudosismo dos Londrinenses da Sociedade Rural, que devia ser Sociedade Rural de Londrina e não do Paraná, pois defende e representa somente Londrina, tem que acabar, ou então como sugestão, que assumam essa Gloriosa instituição, claro, pagando as despesas…..
    Cabe ressaltar ainda que um dos filhos que o Sr. Tadeu citou, Eduardo Sciarra, fez parte da construção do Plano de Governo do Ratinho Jr. e que não se preocupou tanto com o legado do pai…….
    Me pergunto se o Sr. Tadeu defende a Sociedade ou os cargos que seu cupinchas tem no IAPAR.
    Chega de Politicagem e Bairrismo.
    Chega de jornalismo tendencioso.
    Ouça os dois lados e não percam a credibilidade que ainda resta ao Blog Contraponto.

  7. É impressionante como os secretários, assessores que estão de plantão porque não são definitivos sna função , isto é , estão na função e não são donos dela. Decisões como essa que querem tomar refletem na instituição muito tempo depois de deixarem seus cargos temporários . Se fecham em suas obsessões e não abrem espaço para a compreensão, aprendizado somente porque a instituição tem autonomia, isto é tem liberdade de gestão e para escrever a verdade o secretário de plantão não manda nada lá! Quanta pobreza de espírito , falta de visão criativa e de entender a importância da pesquisa!
    Aliás pelo andar da carruagem defendam o TECPAR que pode ser vítima dos “ gestores míopes “ de plantão.
    Há saída para o IAPAR governador e não passa pela condição de acabar o que não entendem como aconteceu com o BADEP, BANESTADO , a quebrar da PRPREV e ataque Apache recursos que pertenciam aos servidores, entre outras atividades no Estado do Paraná . Pesquisa científica, alta tecnologia, convênios com indústrias, Universidades, podem ajudar a manter o IAPAR no topo do fornecimento de melhorias ao agrobusiness tal como a EMBRAPA.
    Governador,…salve o IAPAR.

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