Nos quatro anos em que foi secretário estadual da Fazenda no segundo mandato de Beto Richa, Mauro Ricardo da Costa ficou muito famoso por duas razões principais. A primeira, por ter sido autor do mais rigoroso arrocho fiscal de que se tem notícia na história do estado. A segunda, por ter acumulado o maior salário dentre os servidores, cerca de R$ 100 mil por mês.
Os funcionários públicos tiveram seus salários congelados a partir de 2016 e continuam ainda ameaçados de não receber aposentadoria por causa do confisco de fundos da Paraná Previdência que ele promoveu. Enquanto tudo isso acontecia, Mauro Ricardo – o autor destas medidas – recebia o salário de secretário e via sua conta bancária enriquecer com inúmeros jetons pagos pelos conselhos das estatais de que fazia parte.
Terminada a era Richa, Mauro Ricardo discretamente embarcou de volta para sua terra, São Paulo, onde logo encontrou emprego de secretário de Governo na prefeitura paulistana. Logo que empossado no cargo pelo prefeito Bruno Covas, Mauro Ricardo – que aqui ficou conhecido como “mãos de tesoura” – tratou de arrumar um jeito de aumentar o salário de todos os secretários municipais, inclusive o seu, off course.
E mais: foi nomeado também conselheiro de três empresas administradas pela prefeitura. Cada uma paga jeton de R$ 6 mil para reuniões mensais. Assim, ao salário de secretário, de R$ 19 mil, somam-se outros R$ 18 mil, perfazendo um total de R$ 37 mil. O prefeito Bruno Covas ganha R$ 29 mil.
Os colegas do secretariado não estão felizes com o privilégio conquistado por Mauro Ricardo. Todos estão limitados à participação em apenas um conselho, mas “mãos de tesoura” é conselheiro em três. Vereadores paulistanos também estrilam, e a imprensa repercute. Entrevistado pela Rádio CBN, ele declarou que acha pouco:
“Exerço função adicional à de secretário e como tal devo ser remunerado. Acho inclusive que o valor é baixo. Deveria ser o que se paga no mercado, em torno de R$ 10 mil, em média.”
P.S.: para servir de consolo para quem não guarda boas lembranças da passagem de Mauro Ricardo pelo Paraná, anote-se que ele foi “rebaixado” em São Paulo, onde ganha apenas pouco mais de um terço do que recebia por aqui.
E continua tudo como antes,a maioria dos secretários de estado eram do Beto. Só pode reclamar quem votou no João Arruda pois os outros vão deixar tudo como está.
Não podemos falar dos paulistas, porque aqui ele ganhava muito mais. Agora temos que ficar quieto, porque não fizemos nada para mudar a situação no Paraná.
Mundo afora muitas empresas possuem conselheiros além da diretoria executiva. Normalmente são ex diretores ou pessoas especialistas no setor em que as empresas atuam. O que não é o caso desse sr. Cuja única experiência e sugar o Estado. Os paulistanos são inteligentes, até quando vão aturar o sangue-suga?
A culpa não é desse picareta aí, mas sim do povo que reelegeu o Richa. Povo otário tem que se f… mesmo.
Essa excrescência de participação em conselhos de nenhum conselho precisa acabar; é puro aumento de salário !
O cara é um predador, só faz leis para se beneficiar. O funcionário público do Paraná que o diga.