(por Ruth Bolognese) – Os dados positivos, o crescimento extraordinário, o novo Paraná e outros salamaleques à própria administração fizeram do discurso de despedida do governador Beto Richa o script esperado. E nem poderia ser diferente.
Nenhuma palavra sobre o desastre da Praça Nossa Senhora da Salete, no confronto com os professores – o pior momento dos últimos 7 anos – e muito menos sobre os escândalos de corrupção e irregularidades que estão sendo apurados pelo Ministério Publico. E passou por cima das dificuldades que gerou aos paranaenses ao realizar um dos Ajustes Fiscais mais perversos da história do Estado.
O governador foi frio no retrospecto e otimista quanto ao futuro. E faltou emoçáo na despedida, um pequeno engasgo ao falar do pai, José Richa, ou um engolir em seco ao lembrar da companheira, a quem definiu como “doce Fernanda”. Mas Beto Richa não é homem de grandes emoções. Segue o caminho traçado e tem dado certo.