Dois motivos para acreditar que a gestão de Rafael Greca cumprirá a promessa de campanha de fazer Curitiba voltar ao passado:
- Não há nenhum projeto de inovação pensado para o sistema de transporte público da cidade. Tentam-se remendos sobre algo que já ficou velho. O que mais preocupa o prefeito é tirar de circulação a parcela de ônibus velhos e substituí-los por novos, como se isto – embora necessário – seja suficiente para resolver os problemas mais profundos de um sistema já claramente ineficiente.
- Mas mesmo nesta questão enfrenta dificuldades: as concessionárias do transporte coletivo não veem razão para desistir da ação judicial que, em liminar, já as desobrigou de renovar a frota, mesmo com a tarifa técnica reajustada para R$ 3,98 e a do passageiro para incríveis R$ 4,25.
- Ou segundo motivo que mostra a falta de vontade de inovar – ou a persistência em manter modelos obsoletos – se encontra no lançamento da nova concorrência, no valor de R$ 1 bilhão, para a coleta e destinação do lixo da cidade. O modelo é o mesmo que vem sendo utilizado desde meados do século 20, sem avanços tecnológicos e ambientalmente mais adequados para o século 21.
Curitiba irá pagar muito caro pela ausência da ousadia de ser (novamente) vanguarda no quesito de planejamento urbanístico. Estamos indo no mesmo caminho do século passado, sendo “mais do mesmo”.