O telefone discado foi uma revolução nos Estados Unidos. As velhas centrais, que exigiam o trabalho braçal de centenas de telefonistas para estabelecer as ligações, ainda estavam sendo desativadas na década de 1940. A “novidade” exigiu das companhias a produção de filmes, apresentados nos cinemas, para instruir o povo a usar a discagem direta, isto é, sem mais precisar recorrer ao auxílio de telefonistas.
Aconteceu coisa semelhante em Curitiba quando, em 1958, a Companhia Telefônica Nacional (CTN – um dos braços brasileiros da multinacional ATT) implantou também o telefone de disco. Na época, a concessão do serviço era municipal.
A partir de então, os números de telefone passaram a exigir o uso do prefixo 4, seguido de quatro algarismos. Menos de 10 mil curitibanos tinham o privilégio de possuir uma linha em casa ou ou seu lugar de trabalho.
A Telepar foi criada em 1963, no primeiro governo Ney Braga, mas só cinco anos depois é que a estatal comprou a CTN e, gradativamente, passou a assumir também as telefônicas que prestavam serviço de em outros municípios do Paraná.
Esta história está muito melhor explicada no livro “Telepar – A revolução nas telecomunicações do Paraná“, que o jornalista Walter Schmidt lançará em 13 de dezembro na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). A edição da obra foi de iniciativa da Astelpar (Associação dos Aposentados da Telepar).
(o vídeo foi capturado do portal Memória Brasileira, de José Wille)