Viaturas da Polícia Civil podem parar dia 13 por falta de combustível

viaturasAs viaturas da Polícia Civil do Paraná podem parar de rodar a partir de terça-feira (13) se o governo do estado não concluir nova licitação ou renovar o contrato com a Maxi Frota – empresa que, por R$ 103 milhões, está encarregada desde o ano passado de gerenciar o abastecimento de toda a frota estadual. O atual contrato emergencial vence na segunda-feira (12).

Em razão disso, a Divisão de Infraestrutura da Polícia Civil disparou neste fim de semana comunicado a todos os delegados de polícia para que abasteçam as viaturas sob sua responsabilidade até às 22 horas de segunda-feira, pois na terça (13) o fornecimento será paralisado.

Não há informações oficiais sobre se a paralisação afetará outros setores da administração estadual, especialmente nas áreas de saúde e segurança pública, que demandam intensa utilização das respectivas frotas – como, por exemplo, a Polícia Militar.

O presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (Adepol), Daniel Fagundes, confirmou que o comunicado foi endereçado via e-mail Expresso a todos os delegados e manifestou preocupação: “é inadmissível que o abastecimento das viaturas possa ser descontinuado, pois se trata de instrumento de trabalho imprescindível para a adequada prestação do serviço público afeto à Polícia Civil”, afirmou.

Em nota, o presidente da Adepol diz ainda que “esse tipo de situação demonstra, inequivocamente, o quanto o Governo está despreocupado com a Polícia Civil, que vem amargando uma carência sistêmica de investimentos no atual governo principalmente em seu principal patrimônio, o patrimônio humano. A Adepol propugna, por ser urgente e necessária, por uma imediata valorização da instituição policial civil e de seus Delegados e demais Policiais para que situações vexatórias como essa sejam evitadas por meio de planejamento mais eficiente e investimentos planejados.”

Em junho passado, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) revogou medida cautelar emitida em novembro de 2019 que suspendia o andamento do Pregão Eletrônico nº 656/2019, lançado pela secretaria estadual da Administração e autorizou o cumprimento do contrato emergencial até a data limite de sua vigência. A empresa Maxifrota foi a vencedora da licitação em outubro de 2019, ficando encarregada, por 12 meses, de gerenciar o abastecimento de combustíveis para os veículos e equipamentos da frota pública da administração direta, indireta e autárquica dos Poderes do Estado, por meio da implantação e operação de sistema informatizado e integrado com a utilização de pagamento via cartões magnéticos ou com chip em postos credenciados no Paraná e em Brasília.

4 COMENTÁRIOS

  1. R$13 milhões em combustivel, é muito dinheiro! Quantos veículos compõe a frota do Estado? Qual o controle de uso dessas viaturas, que transitam exporadicamente para uma eventual investigação? Há uma auditoria para fiscalizar o consumo das viaturas, e verificar a quilometragem percorrida com o consumo de combustivel?
    Evidente que ninguém quer perder mordomia e muito menos ser controlado. O momento é de contensão de gastos, e o governo tem mesmo que fazer um pente fino, e controlar as despesas.

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