O vereador Goura, do PDT, causou polêmica tempos atrás por proposto um “Dia sem carne” na merenda das escolas municipais. Enfrentou oposição de colegas vereadores e gerou discussões fora da Câmara. Ele até pensou em convidar o prefeito, esta semana, para passar um dia numa escola integral comendo a mesma comida dada aos alunos.
Diante do debate gerado, ele resolveu pesquisar melhor o assunto. Quis saber o que comem as crianças as crianças matriculadas nas escolas municipais e nas creches. E descobriu que os hábitos alimentares a que são submetidas as crianças nem sempre são os mais saudáveis – quer em relação à qualidade da comida, aos horários em que são servidas as merendas e ao cardápio que lhes é oferecido.
Descobriu, por exemplo, que num dia, às 9 da manhã, as crianças comem gelatina e bebem um chá ralinho. No dia seguinte, no mesmo horário, tem risoto com molho de carne. No terceiro, pode ser recebam um pedaço de bolo a ser deglutido com um achocolatado com aroma. Pode ser também arroz com feijão preto, às 9 horas da manhã.
Pais e professores reclamam da qualidade e da gestão da merenda. Goura descobriu, por exemplo, que desde a primeira gestão do prefeito Rafael Greca, em 1993, duas grandes empresas industriais detêm o monopólio de atendimento de 285 mil refeições por dia!
Os contratos não são pequenos. Só a Risotolândia mantém contrato até março de 2018 aos valor anual de R$ 67 milhões. A última licitação foi dividida em quatro lotes para escolas municipais e cinco para as creches (Cmeis). Sozinha, a Risotolândia pegou os quatro das escolas e mais um das creches, enquanto a segunda empresa, Denjud, pegou os outros quatro dos Cemeis.
“Ou seja – diz o vereador – você tem toda uma escala industrial deste alimento. Você vê que o cardápio tem problemas, o modelo de atendimento tem problemas, com uma empresa que atende todas as escolas, o alimento é preparado em Araucária de madrugada, distribuído por caminhões pela cidade inteira, com o impacto de trânsito, de poluição…
Goura acrescenta problemas e sugere solução: “O alimento é servido em copos plásticos de má qualidade. O alimento quente é servido em um material fininho; a criança se queima, se machuca, o alimento cai. Temos discutido a possibilidade da remunicipalização do serviço, da reestatização, da desterceirização, como quisermos chamar.
O prefeito Rafael Greca poderia ser convidado para participar de um dia nas escolas comendo as mesmas merendas.
Goura tem toda razão: nada mais profilático à arrogância e à tergiversação dos mandatários e governantes do que serem obrigados, durante seus mandatos, a somente utilizarem os serviços públicos de transporte, saúde, educação, etc Pacote único: mandato mais utilização obrigatória dos serviços públicos.
Goura tem toda razão: nada mais profilático à arrogância e à tersiversação dos mandatários e governantes do que serem obrigados, durante seus mandatos, a somente utilizarem os serviços públicos de transporte, saúde, educação, etc Pacote único: mandato mais utilização obrigatória dos serviços públicos.
Vergonha que se estende por diversos municipios do estado.