O senador Roberto Requião se nega terminantemente a tratar com o devido respeito o deputado estadual e candidato ao governo Ratinho Jr., apelido carinhoso que herdou do pai, o apresentador Carlos Roberto Massa, dono da poderosa Rede Massa. Sempre que pode, refere-se indiretamente a ele como “camundongo” e, no coletivo, como “ratazanas”.
Mesmo assim, omeça a ser gestada nos bastidores do Centro Cívico uma chapa até agora não aventada para as eleições de outubro, uma espécie de”parceria impossível”.
A iniciativa partiu do time do próprio Ratinho Júnior, candidato pelo PSD, que iniciou conversas com uma ala do MDB do Paraná para a formação de uma chapa que teria Requião (MDB) como candidato à reeleição para o Senado. A deputada Christiane Yared (PR) completaria a chapa para concorrer à segunda vaga de senador.
A conversa animou parte dos candidatos a deputado do PMDB que veem dificuldades no horizonte para a eleição de uma bancada considerável. Pelos cálculos, a chapa Ratinho/Requião poderia eleger até 25 deputados estaduais, com força suficiente para o MDB emplacar pelo menos seis dos eleitos pela coligação.
Mas é aquela velha história: não combinaram com os “russos”, isto é, Requião não foi ouvido pelos idealizadores dessa aliança – com medo da resposta que receberiam.