(por Ruth Bolognese) – Sem qualquer juízo de valor preconceituoso, de todo ângulo que se observe, a visita da pré-procuradora geral, Raquel Dodge, ao presidente Temer, feita na semana passada, é temerosa:
1) Uma mulher sozinha, num carro preto com isofilme, visitar um homem depois das 10h da noite, pode gerar qualquer interpretação. A menos crível é uma cerimônia de posse, que cabe muito mais aos respectivos cerimoniais do que a ambos;
2) A primeira mulher do Ministério Público visitar o presidente da República depois das 10h da noite, fora da agenda, significa que algo há no seio da República. E não é nada republicano.
O encontro pegou tão mal que dona Fenemê já contratou um especialista em imagem pública. No popular, um sujeito para abafar os pequenos (e grandes) delitos cometidos no exercício de cargos importantes. A grande maioria precisa.