Com transmissão ao vivo nesta quarta-feira (16), pelas redes sociais da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), os vereadores da capital ouvirão explicações do secretário municipal de Obras, Rodrigo Rodrigues, sobre a Linha Verde. A agenda foi solicitada pelas vereadoras Indiara Barbosa e Amália Tortato, do Novo, e o plenário concordou em não votar projetos nesse dia, para que o tempo da sessão fosse utilizado na audiência do representante da Prefeitura de Curitiba.
No dia 20 de dezembro, o Executivo rescindiu o contrato com o Consórcio Estação Solar, formado pelas empreiteiras Vale das Pedras e Construtora Triunfo, devido a atrasos no cronograma do lote 4.1. O prazo para a conclusão do trecho de 2,84 quilômetros era novembro do ano passado, mas na data apenas 20% da obra estava concluída. A rescisão obriga a Prefeitura de Curitiba a fazer nova licitação para a conclusão do trecho, por ora sem data de conclusão.
A situação tem motivado diversos debates na CMC e um grupo de vereadores chegou a propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Linha Verde, mas não conseguiu as 13 assinaturas necessárias para a instalação da CPI. Indiara Barbosa argumenta que realizar uma comissão de inquérito em ano eleitoral pode atrasar a nova licitação, prejudicando a população, além de atrasar os trabalhos na CMC. Em plenário, Euler defendia o contrário, que uma CPI poderia esclarecer a situação.
É a segunda vez que a Prefeitura de Curitiba rescinde o contrato do lote 4.1 da Linha Verde, que compreende o trecho entre a Estação Solar e a Atuba, já na divisa entre Curitiba e Colombo. A licitação desse lote foi vencida pela Terpasul, que assumiu o canteiro de obras em novembro de 2018 e desistiu dele em agosto de 2019, após ter concluído somente 4,16% dos serviços contratados.
Feito o distrato com a Terpasul, o Executivo convocou o Consórcio Estação Solar, que havia ficado em segundo lugar na licitação. As empreiteiras retomaram as obras em dezembro de 2019, quatro meses depois da saída da Terpasul, e tinham 720 dias para concluir a obra, que não foi cumprido. Nesse período, diz o Executivo, a Vale das Pedras e a Triunfo foram notificadas 95 vezes do atraso antes da rescisão do contrato pela prefeitura.