Saúde tira pediatras das UPAs. Pode?

O atendimento de crianças e adolescentes nas unidades de saúde de Curitiba será feito apenas por médicos generalistas, em fila única. Em algumas destas UPAS, com elevada demanda de atendimentos, como no Boqueirão e Tatuquara, esta estratégia de gestão da Prefeitura já entrou em vigor. A fila de espera pode ultrapassar várias horas.

A informação é da Sociedade Paranaense de Pediatria (SPP), que se opõe à atenção dada atualmente na capital à infância e à adolescência. Por estes motivos, a entidade prepara campanha intitulada “Um Pediatra Pra Chamar de Seu”, agora em segunda fase.

A polêmica envolvendo a gestão de saúde no atual governo municipal vem repercutindo desde que, em maio de 2017, um auditor do Ministério da Saúde no Paraná se disse “estarrecido” com um dado que considerou assustador. O de que a mortalidade infantil em Curitiba teria crescido nos primeiros quatro meses de 2017. O relatório apontou que, dos 8,5 óbitos por mil nascidos vivos registrados no primeiro quadrimestre de 2016, foram registrados 13,2 óbitos por nascidos vivos em igual período de 2017. Na época, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os dados do relatório oficial estavam errados.

A diretoria da Sociedade Paranaense de Pediatria denuncia que vários indicadores relacionados à infância só tendem a piorar. Isto porque, na contramão do bom atendimento em saúde, o município não terá mais pediatras atendendo nas UPAS e em parte das demais unidades básicas de saúde. O atendimento de Puericultura que, ao contrário do que muitos pensam, não é apenas pesar, medir e checar a carteira de vacinação. A atuação preventiva e a detecção precoce de doenças atualmente é realizado por atendentes em enfermagem e os pediatras foram desviados para funções burocráticas como a central de leitos.

1 COMENTÁRIO

  1. Aos poucos começa a ter as explicações da saída prematura do Dr. João Carlos Barcaho da Secretaria Municipal de Saúde.
    Também com tudo isso e não acontecendo nada de melhor, só mesmo a população dependente da saúde pública em Curitiba, deva praticar lembrando …. “se não sabe fazer deixa que eu faço….” É de se perguntar era isso?

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