O Instituto Butantan, de São Paulo, anunciou na manhã desta sexta-feira (26) a criação da Butanvac, nova candidata a vacina contra a Covid-19, e disse que pedirá autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda nesta sexta para iniciar os estudos clínicos em voluntários.
Resumo do anunciado pelo Butantan: Os testes podem começar em abril se a Anvisa autorizar; A fabricação começa em maio, e 40 milhões de doses estarão disponíveis a partir de julho, mas dependem de aval da Anvisa para serem usadas; A tecnologia é a mesma da vacina da gripe; A vacina já leva em conta a variante brasileira, a P1; e A promessa é que a de que a vacina produza uma resposta imune maior que as vacinas atuais.
“Protocolaremos esse material ainda hoje e vamos dialogar intensamente com a Anvisa para que ela perceba a importância da autorização do início desses estudos clínicos o mais rapidamente possível, para que possamos em um mês e meio, dois meses e meio, terminar essa fase de avaliação clinica e iniciar a produção”, afirmou o diretor do Instituto, Dimas Covas.
A expectativa do Instituto é a de que, uma vez obtida a autorização, os testes possam ser iniciados em abril. Em maio, o Butantan começa a produção do imunizante.
Segundo Dimas Covas, a vacina começou a ser produzida há exatamente um ano, em 26 de março de 2020. O imunizante foi desenvolvido com matéria-prima brasileira e mesma tecnologia usada na vacina da gripe.
“Essa vacina será integralmente produzida aqui, nós não dependeremos de nenhum insumo, da importação de nenhum insumo, é uma tecnologia que já existe. Essa tecnologia é a mesma que é usada para a produção da vacina da gripe”, disse. O Instituto Butantan é o maior produtor de vacina da gripe do hemisfério sul.
O governador João Doria disse que a Organização Mundial da Saúde também receberá nesta sexta todas as informações da Butanvac, para que acompanhe o desenvolvimento do imunizante.
Ainda de acordo com o governador, a produção da nova vacina será iniciada em maio. Entretanto, as doses só poderão ser usadas após liberação da Anvisa.(Do G1).