(por Ruth Bolognese) – O governador Beto Richa atira na imprensa por conta das denúncias de desvio de dinheiro de construção de escolas para a campanha eleitoral dele. Separa o joio do trigo – diz que no Paraná tem a imprensa responsável e a outra.
Mais ou menos como num casamento, onde coexistem a matriz, certinha, cordata e do lar, e a filial, pérfida, malvada e disposta a arranhar fundo com unhas longas e vermelhas. Ai!
E olha que legal: o governador diz que, apesar de todas as maldades da imprensa, ele continua se elegendo, fazendo seus choques de gestão, os ajustes fiscais, batendo em professores em praça pública, epa!, quer dizer, tocando a vida. Tudo certo, então.
Agora, dizer que a imprensa inventou que ele tinha um bando de Richinhas bastardos espalhados pelo Paraná, aí magoou! Nunca saiu da imprensa tal barbaridade. Talvez nas redes sociais, que não podem ser confundidas com imprensa. Até porque não há nenhum dado que indique a relação entre um governador garanhão e sua capacidade de cuidar bem da coisa pública. E o que interessa para a imprensa é o segundo aspecto da questão. O primeiro só diz respeito à dona Fernanda, a primeira dama.
Mas é a vida. Como diria o velho Millôr, jornalismo é oposição. O resto é secos e molhados.