Em uma década, o governo federal reduziu em praticamente 90% o volume de recursos destinados à compra de produtos da agricultura familiar e que seriam destinados para entidades de assistência social. No ano passado, o Alimenta Brasil teve um orçamento de R$ 58,9 milhões, contra R$ 586 milhões de 2012, quando era chamado de Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
O deputado estadual paranaense Luiz Claudio Romanelli (PSD) afirmou nesta segunda-feira (6) que a queda do investimento não se justifica. “A pandemia escancarou os sérios problemas sociais do País, ampliou a fome e a miséria. Cabe ao Estado, a partir de mecanismos que já se mostraram eficientes, combater as vulnerabilidades que grande parte dos brasileiros ainda enfrentam”, sustenta Romanelli.
O deputado afirma que trabalhou diretamente em programas de segurança alimentar quando foi secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, entre 2011 e 2014. “Fizemos muitos investimentos com o programa Compra Direta. Em pouco mais de três anos, aplicamos R$ 92 milhões”, disse. “Atendemos 1,5 milhão de pessoas e 12 mil pequenos proprietários rurais”, relembra.
De acordo com Romanelli, o programa executado no Paraná, em parceria com o governo federal, permitiu gerar nova renda no campo, principalmente nas pequenas propriedades, e também garantiu comida de qualidade para creches, asilos, albergues, Apaes, escolas, hospitais e outras organizações de assistência social. “Executar políticas públicas que garantam segurança alimentar deve ser uma prioridade do Poder Público”.