O projeto de reativação do Canal do Varadouro, no litoral do Paraná e de São Paulo, foi apresentado nessa quinta-feira (19) pelo governador Ratinho Junior (PSD) no 9º Congresso Internacional Náutica, dentro da programação do São Paulo Boat Show 2024, maior salão náutico da América Latina. O Governo do Estado contratou os estudos para explorar o potencial turístico da faixa litorânea, que tem cerca de 6 quilômetros de extensão e conecta Paranaguá a Cananéia (SP), passando pela Ilha das Peças e Ilha de Superagui.
O Anteprojeto de Dragagem, de Sinalização Náutica e de Instalações de Apoio ao Turismo no Canal do Varadouro foi elaborado pela Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre) a partir de um contrato celebrado com o Paraná Projetos, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Planejamento. O objetivo é melhorar as condições de navegabilidade do canal para facilitar a vida das comunidades ribeirinhas e fomentar o turismo de base comunitária na região.
Ratinho Junior destacou que a exploração da atividade náutica na região faz parte de um grande planejamento do Governo do Estado para o desenvolvimento dos diferentes segmentos turísticos do Paraná. “Quando assumimos o governo, iniciamos um planejamento para potencializar o turismo no Paraná, para ajudar na geração de empregos e no desenvolvimento do Estado”, afirmou o governador.
Ele explicou que o canal foi aberto nos anos 1950, mas sua utilização remonta a uma época anterior à chegada dos portugueses na América do Sul. “A falta de manutenção faz com que as embarcações tenham dificuldade na navegação, o que limita o potencial turístico nessa região maravilhosa, dentro da Mata Atlântica”, disse. “Já protocolamos no Ibama o pedido de aval para fazer uma simples dragagem no local, que vai criar um grande corredor de desenvolvimento do turismo de natureza, fortalecendo o mundo náutico”.
Proposta
O projeto contempla a abertura do canal, que terá 30 metros de largura nos locais onde existe uma maior distância entre as margens e 20 metros de largura nos locais com menor distância entre as margens, e a dragagem até atingir profundidade de 2,4 metros. A proposta também contempla 160 sinais náuticos, basicamente compostos por boias.
Outra novidade envolve a construção de apoios náuticos com estruturas de madeira que incluem banheiros, conveniências, ambulatório e áreas de espera. Nas comunidades de Guapicu, Sebuí e Barbados, foram propostos trapiches e apoios náuticos menores. Por outro lado, nas comunidades de Superagui e Ilha das Peças, que recebem um maior número de turistas, a ideia é construir trapiches e apoios náuticos maiores para atender às necessidades específicas do turismo. Em Ararapira, foi projetado apenas um trapiche para melhorar o acesso à comunidade. (AEN).