Mais de dois anos depois de o escândalo da Quadro Negro ter se tornado público, o Tribunal de Contas julgará na tarde desta quinta-feira (14) o primeiro dos 14 processos que apontam indícios de fraudes na construção ou reforma de escolas estaduais no Paraná. Segundo nota publicada pela assessoria de Comunicação do TCE, o processo tem como base medida cautelar concedida pelo conselheiro Durval Amaral, no final de junho de 2015, que determinou a paralisação do contrato e dos pagamentos à empresa Valor.
Durval é um dos citados como envolvido no esquema – coisa que ele nega com veemência e rebate as acusações com o fato de ter determinado providências para o esclarecimento do caso.
Também segundo a nota do TCE, a Polícia Civil só começou a investigar o caso depois de o Tribunal ter identificado o problema e barrado os pagamentos. A informação contradiz o que tem dito o governador Beto Richa, que afirma ter sido dele a iniciativa de mandar a Policia Civil investigar o caso.
No total, somente em relação à empresa Valor, existem mais cinco processos tramitando, nos quais o Tribunal de Contas penaliza 24 pessoas individualmente, entre integrantes da empresa e agentes públicos. Outras sete obras, executadas por cinco empresas, estão sendo investigadas pelo Tribunal.