PT queria parar estradas após depoimento de Lula

Pouco antes do início do depoimento de Lula à juíza federal Gabriela Hardt, na 13.ª Vara Criminal de Curitiba, reuniu-se numa barraca um grupo de petistas e apoiadores do ex-presidente para articular ações públicas a favor dele. Entre os presentes, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, ao lado do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stedile.

Stedile tomou a palavra e propôs “criar um clima de que Lula é inocente” junto à população. A estratégia era a de, tão logo terminasse o interrogatório, os advogados facilitariam a divulgação dos vídeos da audiência e o militantes passariam a bloquear por duas horas estradas por todo o país.

Stedile estava otimista em relação ao desempenho de Lula durante o interrogatório: esperava que o ex-presidente aproveitasse o momento para “mandar à merda muita gente!”.

O vídeo da convocação do comandante do “exército de Lula” passou a circular imediatamente em grupos de Whatsapp e por outros meios das redes sociais. Mas parece não ter encontrado “clima” entre os militantes para cumprimento da ordem: não há ainda registro de que rodovias tenham sido bloqueadas.

2 COMENTÁRIOS

  1. Organização paramilitar assumida, com hierarquia e titulação da tropa. Até quando o MPF vai fechar os olhos para esta situação (art. 5º, incisos XVII e XLIV, da Constituição)? Usar Foices em locais habitados e sem lugar para roçar, apenas para protestar, descaracteriza a natureza deste instrumento como de trabalho. Se esses movimentos não se organizarem nos termos da Lei Civil, como pessoas jurídicas, qualquer ato danoso ficará sempre por isso mesmo, sem a responsabilização de mandantes ou “comandantes”. A população já está se sentindo ameaçada coletivamente, e vão esperar algo acontecer? Ou se regulamenta licitamente esses movimentos, ou sempre estarão à margem da lei, sob o argumento da livre associação (de fato). Só resta esperar que o grande arquiteto nos ilumine.

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