O diretório nacional do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) aprovou nessa segunda-feira (18) a formação de uma federação partidária com a Rede Sustentabilidade (Rede).
No último dia 30 de março, a executiva nacional doPsol já havia aprovado a federação com a Rede, mas faltava a confirmação pela instância máxima da sigla. A Rede, por sua vez, aprovou a federação no dia 12 dew março.
Integrantes dos dois partidos avaliam que o estatuto da federação entre permitirá, na prática, a possibilidade de um filiado ao partido apoiar um candidato diferente daquele escolhido pela federação . Segundo o programa aprovado pelas siglas, Psol e Rede “interpretam a ideia de federação como um meio de combater as medidas antidemocráticas que buscam inviabilizar partidos ideológicos”.
O estatuto da federação entre os dois partidos prevê: “[Os partidos] mantêm suas respectivas autonomias, de acordo com os ditames da Constituição Federal, e poderão, mediante decisão de suas direções nacionais, deliberar acerca de posicionamento público de filiado que divirja da orientação eleitoral da federação”.
Integrantes das legendas dizem que, na prática, esse trecho permitirá a filiados apoiarem candidatos diferentes daqueles escolhidos pela federação.
Uma resolução deve ser publicada até maio para tratar de “casos específicos” – nos quais não será caracterizada a infidelidade partidária.
A cláusula foi a solução encontrada para agradar a integrantes dos dois partidos insatisfeitos com o possível apoio da federação à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.
Na Rede, entre os filiados que demonstraram publicamente desconforto com o eventual apoio a Lula estão a ex-ministra Marina Silva e a ex-senadora Heloísa Helena, que já foram filiadas ao PT.
No documento, os partidos afirmam que a federação – que ainda não tem nome – representa a unidade de dois partidos “comprometidos com a radicalização da democracia e com a defesa de um modelo sustentável de desenvolvimento”. (Do G1).