Os oficiais da Polícia Militar do Paraná estão intrigados: se o governo se negou a cumprir a data-base e fazer a recomposição salarial dos servidores, como pode agora anunciar a contratação de milhares de novos funcionários públicos?
Esta e outras perguntas foram dirigidas ao governador Ratinho Jr. em carta protocolada no Palácio Iguaçu nesta quarta-feira (4) pela diretoria da Assofepar (Associação dos Oficiais Policiais e Bombeiros Militares do Estado do Paraná).
Os PMs manifestam preocupação quanto à “capacidade de planejamento do governo, bem como com a
veracidade/coerência das informações apresentadas por ocasião das negociações referentes à data-base”. A alegação de que o reajuste reivindicado pelos servidores faria o estado extrapolar o limite prudencial de gasto com pessoal aparenta agora não se sustentar diante da decisão do governo fazer grandes contratações de novos funcionários para o estado, diz a carta, lançando mais uma pergunta: as finanças estaduais suportarão o acréscimo na folha?
O documento termina, como de praxe, com protestos de estima e consideração, mas dizendo aguardar os “imprescindíveis esclarecimentos”.
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