Esta quinta-feira pode ser um dia decisivo para o fechamento (ou não) da aliança entre o MDB do senador Roberto Requião e o PDT do candidato Osmar Dias. Os dois lados vão esmiuçar pesquisas quantitativas e qualitativas para mensurar o tamanho dos eventuais ganhos políticos da parceria entre eles. Claro que não está descartada a hipótese de, na análise estatística e dos sentimentos da população, que o casamento acabe não saindo.
Neste último caso, Osmar Dias estará fadado a sair candidato em uma chapa nanica, formada apenas pelo PDT, Solidariedade e PPL, que lhe proporcionarão apenas cerca de 1 minuto nos programas da propaganda eleitoral – tempo por demais pequeno para enfrentar as forças de que dispõem Ratinho Jr. (PSD) e Cida Borghetti (PP).
Para o MDB o prejuízo será menor. O partido já considera que vai reeleger o senador Roberto Requião e que, com a militância que comanda em todo o estado, no mínimo manterá o tamanho das atuais bancadas de deputados estaduais e federais. A dificuldade é que o MDB não contaria com um candidato a governador, o cabeça de chapa, missão que pretende entregar a Osmar Dias.
Embora tenha tido seu nome inscrito como candidato do MDB ao governo na convenção que o partido fez no último sábado (21), o deputado João Arruda está disposto a abrir mão da própria candidatura para levar a Osmar Dias os levantamentos que tem mãos que aconselhariam o sacramento da coligação. Cansadas com a falta de resposta de Osmar, esta talvez seja a penúltima tentativa do MDB para convencer Osmar a aceitar a união de forças.