Assim como o secretário da Educação do Paraná, Renato Feder, que um dia defendeu distribuir vouchers para que as famílias pudessem matricular seus filhos em escolas particulares, também o ministro da Economia, Paulo Guedes, imagina solução parecida e extensiva também a saúde.
O voucher seria uma espécie de vale que o Estado entregaria aos cidadãos para que possam pagar, no setor privado, por serviços básicos. Dessa maneira, o Estado deixa de ter a estrutura pública de atendimento da área que usa esse voucher. Feder, em livro que escreveu em 2007 e reeditou em 2014, propôs este tipo de solução, mas, ao assumir a secretaria da Educação no governo Ratinho Jr., afirmou que já tinha abandonado a ideia.
Uma das propostas do ministro Paulo Guedes (Economia), a criação de vouchers para saúde e educação é vista com descrédito pelos especialistas por não haver evidência de benefícios aos usuários. No caso da saúde, a iniciativa pode ainda estimular consultas e exames desnecessários e, assim como na educação, deixar o custo do sistema mais alto.
Paulo Guedes não deu detalhes nem de como nem de quando esse instrumento seria adotado no Brasil. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério da Saúde disse desconhecer a proposta.
A ideia de Guedes sobre o voucher da saúde se alinha com as de outros adeptos do liberalismo econômico, que defendem a desestatização de serviços públicos. No caso da saúde, poderia ocorrer a venda de hospitais e outros serviços do SUS, por exemplo.
A população pobre receberia um voucher (ou “bolsa-saúde”) para buscar um plano de saúde no setor privado. Na avaliação dos liberais, embora a Constituição diga que é dever do Estado oferecer saúde e educação, não determina que essas prestações sejam necessariamente diretas.
È disso que o povo gosta!! Grana rolando pelo Brasil a fora. E o destino é o de sempre: algum amigo da iniciativa privada.
Maravilha de solução. Parabéns. E dizem que o cara estudou nos States. Grande merda.
A diferença mesmo no Brasil, quem fez foi um torneiro mecânico nordestino.