Palacianos costuram “acordo branco” com Osmar

Detentor de cargo no governo estadual e interlocutor frequente em conversas políticas que se travam no Palácio Iguaçu assegura ao Contraponto existirem temores de que Osmar Dias venha a desistir da disputa ao governo e se candidate ao Senado. Partem da hipótese de que o senador Alvaro Dias – hoje aspirante à Presidência da República – resolva seguir os cada vez mais insistentes apelos de amigos para que abandone este projeto e se candidate ao governo estadual, com sólidas condições de suplantar com facilidade Ratinho Jr. e Cida Borghetti.

Alvaro não dá sinais de mudança de planos, mas se isto acontecer a primeira consequência seria a de Osmar ter de optar pelo Senado, o que colocaria em sério risco da pretensão de Beto Richa de conseguir uma das duas cadeiras que estarão em jogo em 2018. Além de Osmar, Beto teria de se confrontar também com Roberto Requião (que concorreria à reeleição) e até mesmo com Ratinho Jr., outro que desistiria do Palácio Iguaçu se Alvaro for candidato.

Daí os incentivos emanados do Palácio para que Osmar Dias tenha todas as facilidades para manter a candidatura do governo – seria um a menos a concorrer com Richa. Oferecem-lhe o PSB como opção para se filiar numa eventual saída do PDT, assim como toda a ajuda possível do PSDB, de vários deputados bem votados, dos prefeitos fieis e do que sobrar da máquina do governo que o grupo ainda possa manter.

No fundo, propõem um “acordo branco” com Osmar, pelo qual Beto Richa se manteria neutro quanto aos dois outros candidatos ao Iguaçu, Ratinho Jr. e Cida Borghetti.

Os deputados Luiz Cláudio Romanelli e Alexandre Curi são dois dos principais articuladores da ideia, ainda que ela possa despertar a ira do deputado e atual ministro da Saúde, Ricardo Barros, que estará no comando político do Paraná enquanto sua mulher, a vice Cida Borghetti, estiver no exercício do governo a partir de abril do ano que vem.

Como em política os “bois voam”, não há motivos para duvidar desta costura – muito embora ainda falte “combinar com os russos”.

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