A derrota do governo Bolsonaro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que provocou novo atraso na tramitação da reforma da Previdência, deixa claro que a articulação pró-Palácio do Planalto é fraca e que só será resolvida com a saída dos atuais líderes do governo (Major Vitor Hugo) e do PSL (Delegado Waldir).
Ninguém entendeu, por exemplo, o comportamento dos governistas na sessão de ontem da CCJ: primeiramente, eles insistiram para manter a Previdência à frente dos trabalhos, depois votaram a favor da inversão da pauta, com o Orçamento Impositivo antes.
Os governistas também não sabem qual é o papel do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do ministro Santos Cruz na articulação política. Ao mesmo tempo, correm rumores na Câmara dando conta que os dois líderes, ambos do PSL de Goiás, não são lá muito amigos. Volta e meia trocam farpas e um vive criticando o outro.
Detalhe: o delegado Waldir é paranaense de Jacarezinho e mudou-se para o Estado de Goiás quando passou num concurso para delegado de Polícia.