O senador Oriovisto Guimarães, vice-líder do Podemos no Senado Federal, participou no último sábado (2), do encontro dos pré-candidatos do partido nas eleições de 2022. O evento foi realizado em Curitiba, na sede estadual do Podemos, e contou com a presença dos senadores Alvaro Dias e Flávio Arns.
Durante a sua abordagem, o senador discutiu com o público sobre o real papel dos parlamentares, os desafios e as responsabilidades com a sociedade. Para isso, lançou vários questionamentos, abordou conceitos de filosofia e utilizou exemplos da Grécia antiga.
“Por que é que vocês querem ser deputado, estadual ou federal? Para que serve um deputado? Como isso funciona? Quais são as propostas que têm em suas cabeças? E essa palavra “política”, significa o que? Vem de onde? Uma coisa está ligada à outra, ganhar uma eleição e a finalidade de um político. Se vocês souberem para que serve um político e o que vocês irão fazer lá, saberão como ganhar a eleição”, considerou Oriovisto.
De acordo com o parlamentar, o legislativo é o mais importante dos três poderes, porque é o único com legitimidade para alterar as leis e realmente provocar as mudanças necessárias no país, como estabelecer a prisão em segunda instância e o fim do foro privilegiado, e realizar as reformas do judiciário, política e tributária.
“Precisamos de uma reforma tributária mas, pelo amor de Deus, não façam como alguns políticos, que saem dizendo por aí que é preciso uma reforma, mas não entendem nada de tributos. Quando começo a conversar com eles de verdade, pergunto o que é ICMS, fato gerador e bitributação, percebo que não sabem. Pasmem, é óbvio, mas falta estudo”, revelou.
O senador explicou que uma lei sozinha não muda tudo, mas é o começo de tudo, por isso, é preciso fazer boas leis. “Eu tenho uma proposta para melhorar o meu país? Se você tem, convença as pessoas e esse é o caminho para a sua eleição. Se você não tem, não se candidate, deixe isso para quem quer trabalhar de verdade. Há políticos que estão lá porque querem fazer a diferença, mas mudar as coisas e contrariar interesses não é fácil. Eu estou dando murro em ponta de faca há mais de três anos e antes de mim, muitos deram murro em ponta de faca. Vamos continuar dando!”