Ao celebrar missa no Vaticano nesta quinta-feira (17), o papa Francico descreveu em sua homilia o processo de criminalização da política para se chegar a um golpe de Estado. O PT entendeu que ele queria se referir ao calvário sofrido por Lula, Dilma e todos os outros filiados que hoje amargam a cadeia. E espalhou essa ideia nas redes sociais.
Mas, quem ler e interpretar bem o que disse o papa sobre como se destroem reputações vai entender que a homilia serve também Sergio Cabral, Eduardo Cunha, Marcelo Odebrecht… Com ou sem golpe.
O papa é suprapartidário. E supranacional, porque suas palavras também servem para Sarcozy, o ex-presidente francês levado outro dia “na marra” para prestar contas à justiça. Disse Francisco:
“Criam-se condições obscuras para condenar a pessoa. A vida civil, a vida política, quando se quer fazer um golpe de Estado: a mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas. Depois chega a Justiça, as condena e, no final, se faz um golpe de Estado”.
ContraPonto, pra começar: cadê o moro e o tucano paulista? Sumiu? Ninguém viu a foto nem o debate constrangido dos hermeneutas de fotografia? O ContraPonto, assim com o richa a quem tanto critica, fez de conta que não é com ele este tipo de coisa. Que pode manchar a imagem do maior paranaense de todos os tempos. O homem que com uma caneta, tentou matar o maior líder da Historia do Brasil.
Dito isso, passemos ao principal. O ContraPonto leu toda a homilia ou só o que lhe interessou pinçar pra passar a mão na cabeça dos que acham que falar vale mais que provar?
Pensei um dia em ser jornalista. Meu caminho para isso foi fazer vestibular para Direito. E passei 2º lugar UFRJ, turno da tarde. Mas não cursei. Hoje acho que fiz bem já que para ser jornalista, ter diploma é besteira.
Vou dar uma força pra editoria do ContraPonto e fazer juntos o que minha professora chamava de “ler e interpretar”.
Em primeiro lugar o ContraPonto acha que o Papa é do Paraná. Ou seja, na hora do vamos ver, escolhe o lado mais forte. Esquecem que o cara é argentino. E isso lhe dá além da visão espiritual a experiência de ter que lidar com a opressão do poder maior, que é o financeiro cujos braços tanto na Argentina quanto aqui são o judiciário e a mídia oligopolizada.
Pelo que li o recado e o diagnostico valem tanto pra cá quanto pra Argentina.
Aqui este o que li publicado pelo Vaticano.
“falsa unidade divide
Porém, há uma “falsa unidade”, como aquela dos acusadores de São Paulo na Primeira Leitura. Inicialmente, eles se apresentam como um bloco único para acusá-lo. Mas Paulo, que era “sagaz”, isto é, tinha uma sabedoria humana e também a sabedoria do Espírito Santo, lança a “pedra da divisão”, dizendo estar sendo julgado pela esperança na ressurreição dos mortos”.
Uma parte desta falsa unidade, de fato, era composta por saduceus, que diziam não existir “ressurreição nem anjo nem espírito”, enquanto os fariseus professavam esses conceitos. Paulo então consegue destruir esta falsa unidade porque eclode um conflito e a assembleia que o acusava se divide.
De povo a massa anônima
Em outras perseguições sofridas por São Paulo, se vê que o povo grita sem nem mesmo saber o que está dizendo, e são “os dirigentes” que sugerem o que gritar:
Esta instrumentalização do povo é também um desprezo pelo povo, porque o transforma em massa. É um elemento que se repete com frequência, desde os primeiros tempos até hoje. Pensemos nisso. O Domingo de Ramos é: todos ali aclamam “Bendito o que vem em nome do Senhor”. Na sexta-feira sucessiva, as mesmas pessoas gritam: “Crucifiquem-no”. O que aconteceu? Fizeram uma lavagem cerebral e mudaram as coisas. E transformaram o povo em massa, que destrói.
Intrigar: um método usado também hoje
“Criam-se condições obscuras” para condenar a pessoa, explicou o Papa, e depois a unidade se desfaz. Um método com o qual perseguiram Jesus, Paulo, Estevão e todos os mártires e muito usado ainda hoje. E Francisco citou como exemplo “a vida civil, a vida política, quando se quer fazer um golpe de Estado”: “a mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas”. Depois chega a justiça, “as condena e, no final, se faz um golpe de Estado”. Uma perseguição que se vê também quando as pessoas no circo gritavam para ver a luta entre os mártires ou os gladiadores.
A fofoca é uma atitude assassina
O elo da corrente para se chegar a esta condenação é um “ambiente de falsa unidade”, destacou Francisco.
“falsa unidade divide –
Troca “acusadores de São Paulo” por “acusadores de Lula ou Kirchner”, “Paulo” por “Lula ou Kirchner” e “Esperança na ressureição dos Mortos“ por “Esperança no resgate da miséria” e bingo, surge uma possível leitura e neste caso muito bem dirigida. Que ajuda a entender os próximos passos da analise do Papa.
De povo a massa anônima
Troca “Paulo” por “Lula ou Kirchner” e de novo se entende a mensagem contra a manipulação dos dirigentes. Que dirigentes? Imprensa principalmente, mas também o judiciário, o legislativo e
o empresarial.
Intrigar: um método usado também hoje – A fofoca é uma atitude assassina
O Papa afinal chegou onde queria ao abordar a “intriga”,” a “fofoca”, ou seja, a acusação sem provas e ai ele da a bordoada que tanto esta doendo.
O recado é claro e não é sobre o cunha, o fhc ou aecio. É defesa da Democracia na América do Sul, onde tanto na Argentina quanto aqui esta em constante ameaça. Sendo que no Brasil, encarceraram o cara da Esperança, como fizeram com S Paulo.
Está vendo como não é difícil pensar. Não dói.
Primeiro que o PT não crê em Deus, não é cristão e portanto não pegue á igreja. No mais, trata-se de uma quadrilha, travestida de partido e que praticou nada menos que o MAIOR ROUBO na história moderna. Portanto, que fedam na cadeia até seus últimos dias.
Amigo sempre votei no PT e no LUla e nunca chamei Deus pra resolver nem mediar isso. E sou cristão que acredita no reencarnacionismo, logo estou muito preocupado com as maldades que acontecem quando eu não faço o bem ao meu alcance.
Neste debate aqui o que me cabe esta escrito abaixo. Se voce conseguir ler e debater com elegância e argumento vamos lá. Se não espera outubro com teu fusil na mão na porta da caverna onde voce provavelmente mora.