(por Ruth Bolognese) – A Gazeta do Povo abre em manchete que a Assembleia Legislativa do Paraná pagou, durante quatro anos, salário para um morto. Ganhava bem o morto, total de R$ 3,7 mil por mês. E como era um morto bonzinho, o salário dele ia, integralmente, para a conta do ex-deputado estadual Bazílio Zanusso.
Nesse caso, além da prova da gestão temerária da Casa do Povo, há uma situação intrigante e outra conclusiva.
1) A intrigante: por que o Ministério Público Estadual levou longos 15 anos para encontrar o morto-funcionário da Assembleia, já que data de 2003 o pagamento do último salário? Foi preciso que o próprio “morto” ressuscitasse o caso e pedisse indenização pelo calvário de ter seu nome usado na maracutaia.
2) A conclusiva: por tudo o que se vê na Assembleia Legislativa – a obediência cega ao Palácio Iguaçu, os projetos insignificantes, o cabelo do Nelson Justus, o Nelson Justus, o pessoal da Operação Quadro Negro, o camburão como veículo preferido e tanta coisa mais – pagar um morto é muito mais lucro do que sustentar todos os vivos que circulam por lá.
Onde estava o MP?
Cadê o falante fora temer?
Era Direito Humano do morto?
Cadê o falante Olimpio Sotto Maior e a familia dele
Gostei do “quiça” e do “mormente”. (Desculpe, Zangado, mas não resisti. Brincadeirinha)….
Sem falar na situação escrachante: a morosidade do judiciário, quiçá também do ministério público, que até hoje não levaram a uma finalização o escândalo dos Diários Secretos, no tocante a todos os implicados, mormente dos componentes da mesa diretora da Casa dos Horrores paranaense.