(por Ruth Bolognese) – O ex-ministro e deputado federal, Reinhold Stephanes, acostumado aos trâmites da Capital Federal, garante que o Brasil econômico decidiu ignorar o Brasil político e, assim, cada um na sua, vamos indo bem, obrigado.
Com exceção das reformas da Previdência e Política, diz Stephanes, tudo o que o governo Temer envia para a Câmara, é aprovado na hora. No caso da Previdência, ele mesmo, como ex-ministro do setor, levou 4 anos para aprovar a primeira grande reforma, ainda no governo FHC. E a Política não sai nem com reza nervosa, porque ali se concentram os interesses dos deputados e senadores- votantes.
Para Stephanes, geralmente um analista frio e imparcial para avaliar a realidade econômica e política do País, a grande incógnita brasileira será no ano que vem, na escolha do novo presidente da República. Ele considera que entre todos os candidatos que se apresentam, (Ciro Gomes, Marina Silva, Bolsonaro, Dória, Alckmin e Henrique Meirelles) somente Alckmin e Meirelles são previsíveis na ação futura, no que pode se esperar como Presidentes.
E, se a economia continuar dando bons sinais, Meirelles pode repetir a trajetória de outro Henrique, o FHC, que foi ministro da Fazenda do Itamar Franco, criou o plano real e chegou ao Palácio do Planalto.