Já é dada como a saída do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, da direção-geral da Polícia Federal e que seu substituto será o delegado Anderson Torres (foto). Nos bastidores, a PF avalia que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi “emparedado” pelo presidente Jair Bolsonaro, vem sofrendo sucessivas derrotas no governo e perderá de vez o poder de comando se não puder indicar o substituto de Valeixo. A troca está sendo vista na PF como uma “capitulação” do ministro a interesses políticos.
Moro silenciou nesta quarta-feira (4), diante de repórteres quando questionado se pretendia dispensar Valeixo. Em menos de três minutos, ele encerrou a entrevista, alegando ter outros compromissos. A atitude foi considerada “ridícula” por um integrante da cúpula da PF. O ministro conversou com Valeixo, por telefone.
O nome mais cotado para substituir Valeixo é o do atual secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Gustavo Torres. O delegado é amigo do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, desde a época em que os dois trabalharam no gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente.