O vice-presidente Hamilton Mourão embarcou nesta quinta-feira (16) para a China. Leva uma carta do presidente Bolsonaro para o presidente chinês Xi Jinping. O general participa de reunião da Comissão Sino-brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban).
Quando Jânio da Silva Quadros era presidente da República, seu vice João Goulart (Jango) também foi à China. Isso ocorreu em agosto de 1961. Ocorre que durante a viagem do vice, Jânio renunciou à presidência. Avisado, Jango voltou, mas enfrentou viagem de várias escalas. E foi impedido de assumir, só o fazendo depois de longas negociações que culminaram na instituição do parlamentarismo no Brasil. Jango virou uma espécie de rainha da Inglaterra.
Nessa viagem, Mourão também fará várias escalas. A primeira será em Recife, depois faz uma parada em Beirute, no Líbano. Na volta, fará escala em Florença, na Itália.
Parlamentarismo com esses deputados eleitos agora é um retrocesso digno de um Haiti
Espero que desta vez também venha o parlamentarismo, e para ficar. Será que só eu enjoei desse tipo de presidencialismo nosso, no qual cada presidente recebe poderes quase imperiais, até cair em desgraça e ser chantageado pelo fantasma do impeachment? Lembrar que já foram dois, Collor e Dilma, que Lula esteve ameaçado, e o atual, sabe-se lá o que pode vir a acontecer. No parlamentarismo também acontecem crises, mas menos traumáticas. Em tempo: no sistema parlamentarista os valores gastos para eleger congressistas tendem a ser menores, pois o parlamento pode ser dissolvido a qualquer tempo, ninguém tem mandato de quatro anos a oferecer como garantia de “empréstimo” de empresários.