“Lula solto poderia tirar militares do controle”, diz general

Comandante das Forças Armadas, o general Eduardo Villas Bôas se manifestou publicamente pela primeira vez depois que fez advertências, em redes sociais, na véspera do julgamento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) negou habeas corpus ao ex-presidente Lula. Na ocasião, o militar escreveu uma mensagem de “repúdio à impunidade” e que o Exército brasileiro “se mantém atento às suas missões institucionais”. A mensagem, lida no final do Jornal Nacional daquele 3 de abril, soou como uma ameaça de ação militar em caso de soltura do presidente, que viria a ser preso quatro dias depois, em 7 de abril.

Em entrevista para o site Congresso em Foco (repórter Fabio Gois), Villas Bôas disse reconhecer que “houve um episódio em que nós estivemos realmente no limite, que foi aquele tuíte da véspera do votação no Supremo da questão do Lula. Ali, nós conscientemente trabalhamos sabendo que estávamos no limite. Mas sentimos que a coisa poderia fugir ao nosso controle se eu não me expressasse. Porque outras pessoas, militares da reserva e civis identificados conosco, estavam se pronunciando de maneira mais enfática.”

Mas Villas Bôas minimiza as críticas que recebeu. “Do pessoal de sempre, mas a relação custo-benefício foi positiva. Alguns me acusaram… de os militares estarem interferindo numa área que não lhes dizia respeito. Mas aí temos a preocupação com a estabilidade, porque o agravamento da situação depois cai no nosso colo. É melhor prevenir do que remediar”, acrescentou o general, que luta contra uma doença degenerativa e tem se locomovido em uma cadeira de rodas.

Ainda segundo Villas Bôas, a eleição do capitão da reserva Jair Bolsonaro (PSL) não significa ameaça de retrocesso com um eventual retorno dos militares ao comando do país. “A imagem dele como militar vem de fora. Ele é muito mais um político. Estamos tratando com muito cuidado essa interpretação de que a eleição dele representa uma volta dos militares ao poder. Absolutamente não é”, assegurou o general.

2 COMENTÁRIOS

  1. General o senhor não e patriota a população clamou por uma intevintercao militar ,,o senhores genterais se renderem a desordem do poder público corrupto ,,,,,digo o senhor nao e diferente daqueles que se acovardanm no campo de batalha se acovardou diante de um clamor do povo ,,no livro de salmos 88 e 145 retrata dos valemtes cotados como mortos mas Jesus não os abandona ,,,passe bem suas mediucres palavras nao vão mudar o que já se foi consumado ,,

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